A Evolução da Gestão de Resíduos

A Evolução da Gestão de Resíduos

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Para que possamos entender melhor acerca do que se trata a gestão de Resíduos é necessário conhecer primeiro a sua evolução ao longo dos anos.

O que entendemos por Gestão de Resíduos?

A Gestão de Resíduos é qualquer substância ou objeto do qual o detentor se desfaz ou tem intenção, ou obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos (LER). Desta forma, é o detentor que determina o momento que o objeto se converto num resíduo e a classificação de um objeto como resíduo não dependem da forma de valorização ou eliminação.

A evolução da Gestão de Resíduos ao longo dos anos

Os problemas causados pelos resíduos sólidos existe desde sempre, apesar de nos primórdios não haverem grandes problemas a resolver, uma vez que o homem era nómada e se encontrava sempre em movimento. No entanto, é precisamente na altura em que o homem decide alocar-se a um lugar, formando tribos, vilas, cidades, que os problemas começam a surgir, uma vez que não haviam conhecimentos nem hábitos de higiene.

Com a identificação destes problemas, a primeira lixeira municipal surgiu em Atenas no ano 500 a.c, onde os cidadãos eram obrigados a depositar os resíduos a pelo menos uma milha de distância da fronteira da cidade.

Na história tal como a conhecemos, ao longo dos anos a humanidade teve de lidar com várias doenças que afetaram inúmeras pessoas, como é o caso da peste negra que se espalhou nas população, como consequência do lixo ser deitado nas ruas, terrenos, etc. A relação direta entre saúde pública e a imprópria gestão de resíduos é evidente e só no fim do século XIX se inicia uma identificação e sistematização dos resíduos sólidos em Inglaterra devido às más condições de salubridade que se viviam, com a aplicação de uma lei em 1888 que proibia deitar-se lixos em rios, diques e águas.

Em Portugal…

Em Lisboa, só em 1951, foi adotado o uso obrigatório de recipientes metálicos, todos numerados e registados (com 20 e 30L de capacidade). O objetivo era evitar que os lixos se espalhassem pela rua, sabendo-se que poderia contribuir para a propagação de doenças. Contudo foi com a Revolução Industrial que os problemas dos resíduos atingiram níveis sem precedentes.

Na década de 70, quando o país experimentou o maior crescimento demográfico do século (15.6%). Também consecutivamente houve uma melhoria das condições de vida e o aumento do consumo. Assim, foram sendo adquiridos bens essenciais e secundários o que levou ao aumento de resíduos, bem como da perigosidade dos mesmos para o Ambiente. Em  1988 teria inicio a recolha seletiva de um material – o vidro.

Nos anos 80, 85% dos conselhos portugueses depositavam os seus resíduos em lixeiras, sendo apenas a restante % depositada no destino adequado, o que significa que a gestão de resíduos se limitava praticamente à recolha e deposição de resíduos nas mais de 300 lixeiras dispersas pelo país.

Atualmente tendo em conta a crescente produção de resíduos sólidos, houve uma grande diminuição do seu peso, no entanto, em contrapartida, o volume a tratar aumentou exponencialmente.

Conceitos modernos de Gestão de Resíduos

  • Redução e Utilização.
  • Reciclagem.
  • Compostagem.
  • Incineração.
  • Aterros.
  • Valorização energética.

Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos em Portugal

Com a constituição dos sistemas de gestão de Resíduos Urbanos, Portugal passou de uma situação em que existiam 257 entidades gestoras de resíduos para o estado atual, onde em todo o território continental existem apenas 23 sistemas de gestão de resíduos urbanos.

Contamos atualmente com:

  • 12 multimunicipais: Valorminho, Resulima, Braval, Resinorte, Suldouro, Valorlis, ERSUC, Resiestrela, Valnor, Valorsul, Amarsul e Algar;
  • 11 intermunicipais: Lipor, Valsousa, Resíduos Nordeste, Ecobeirão, Ecolezíria, Resitejo, Amtres (Tratolixo), Amde (Gesamb), Amagra (Ambilital), Amcal e Resialentejo.

Como tal, estes postos de gestão de resíduos têm como principal objetivo: incrementar o desvio dos resíduos de aterro e aumentar o quantitativo de resíduos para reciclagem. A curto prazo, os sistemas de gestão de resíduos urbanos serão dotados de infraestruturas de tratamento de resíduos urbanos que lhes permitam atingir com sucesso estes objetivos.

No que toca aos aterros, prevê-se a construção ou ampliação para substituição dos existentes, devido ao esgotamento da sua capacidade. É de frisar que estes são essenciais para a gestão integrada de resíduos, servindo de apoio a situações de paragem de outros equipamento e para deposição de resíduos últimos.

Agora que já adquiriu alguns conhecimentos acerca do aparecimento e evolução da Gestão de Resíduos em Portugal, esperamos poder contar com a sua inscrição no nosso curso de Gestão de Resíduos.

Artigo de autoria Traininghouse@ Lda Proibida a reprodução do conteúdo. Permitida a partilha do link.

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