A importância de reconhecermos as nossas emoções

A importância de reconhecermos as nossas emoções

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Com o passar dos anos e a evolução da psicologia, cada vez se procura mais o desenvolvimento e compreensão das emoções, não só nos adultos, mas também nas crianças e jovens.

A palavra emoção deriva do verbo “emovere”, cujo significado é “colocar em movimento”. Desta forma podemos entender que as emoções são o motor das nossas ações, sendo portanto um impulso para agir. As emoções determinam a nossa qualidade de vida, as relações que estabelecemos, os nossos comportamentos e decisões.

Importância do corpo para as emoções

O corpo é o primeiro recetor das emoções, daí o seu papel fundamental. É através dos 5 sentidos que rececionamos os estímulos que irão dar origem ao que sentimos.

Quantos de nós não sentem medo ou raiva ao ouvir uma buzinadela no trânsito? Mesmo não sabendo de onde ela vem, recebemos esse estímulo através da audição.

É por isso de extrema importância trabalhar os 5 sentidos com as crianças. Primeiramente para terem uma maior consciência do corpo e por conseguinte do mundo que os rodeia. E em segundo lugar, para compreenderem a forma como diferentes emoções são despertadas no nosso corpo.

Se conhecermos os “gatilhos” específicos de cada emoção somos capazes de diminuir os impactos que têm em nós. Isto acontece porque cada emoção gera um padrão de sensações ímpares em cada indivíduo.

A importância de conhecer as emoções

Quando trabalhamos com crianças, devem ser abordadas essencialmente quatro emoções:

Raiva

Emoção caracterizada por irritação e desagrado face a um acontecimento ou uma pessoa. Poderá envolver indignação e desejo de afastamento ou destruição do causador. Geralmente é muito intenso mas pouco duradouro.

Medo

Emoção de mal-estar acompanhada de vontade de fugir/sair da situação, provocada pela percepção de um perigo ou antecipação de uma ameaça.

Tristeza

Mal-estar caracterizado por uma postura de negativismo. Geralmente surge como consequência de um acontecimento. Por vezes é acompanhado por desejo de isolamento, passividade e desânimo.

Alegria

Emoção resultante da perceção de termos conseguido algo, da concretização das nossas expectativas e desejos. A alegria tem tendência a ser proporcional à perceção e avaliação do que fazemos e do que conseguimos.

As emoções e as idades

Segundo Alzina (2000), crianças pequenas são capazes de expressar emoções e reconhece-las através de expressões faciais. Com a introdução da linguagem verbal passam a saber nomeá-las. Desta forma, à medida que os anos passam, também a sua perceção acercadas emoção se vai alterando.

  • 1º ano de vida, as emoções surgem no nascimento por questões de sobrevivência e são manifestadas pelo choro.
  • 1 ano – 2 anos, a criança apercebe-se dos estados emocionais dos pais e começa desenvolver autoconfiança.
  • 2 anos – 3 anos, começa a desenvolver o amor próprio, as emoções começam a ser sentidas e expressas através de birras, pois a criança sente-se frustrada por não conseguir comunicar as suas emoções.
  • 3 anos – 4 anos, a criança torna-se sensível ao que sente, começando a conseguir verbalizar o que sente fisicamente com cada emoção.
  • 5 anos, é neste altura que as crianças aprendem a partilhar, aceitam regras e respeitam a vez do outro, começando a entender que “o outro também sente”.
  • 6 anos, nesta fase as crianças sentem grande necessidade de valorização/reconhecimento por parte dos outros, podendo ter influência na sua autoestima.
  • 7 anos, é a altura em que a criança entende o ponto de vista do outro e começa a desenvolver a capacidade de resolver problemas e refletir sobre o que pensa.
  • 8 anos, começa a explicar cada vez melhor as suas experiências, pensamentos e emoções, desenvolve empatia e compaixão.
  • 9 anos, nesta altura acontece um aumento da autonomia, são criados laços fortes de amizade, e começa a entender-se se a autoestima da criança é saudável ou não.
  • 10 anos, é a idade onde surge o equilibrio emocional, e a criança já compreende bem o seu próprio comportamento.

Educação emocional positiva

Para que possamos entender a educação emocional positiva, surgem quatro conceitos fundamentais:

  • Perceber a emoção que se está a sentir. Em si e no outro;
  • Nomear a emoção;
  • Verbalizar adequadamente a própria emoção;
  • Decidir o que fazer, qual o comportamento adequado

Todos os nossos comportamentos, ações ou decisões “escondem” emoções. A forma como vivenciamos as emoções – inclusive a nível fisiológico, é impar. Uma criança que se conheça a si própria e (re)conheça as  suas emoções, tornar-se-á um adulto mais feliz, mais autónomo e tomará melhores decisões.

Os temas abordados neste artigo, bem como as definições apresentadas encontram-se desenvolvidas no nosso curso de Educação Emocional para Crianças. Caso tenha despertado o seu interesse pode aceder à página do curso através do botão abaixo:

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